Água que banha meu corpo de amor...
Terna água com teu sal adoças meu ser...
Doce água, em ti há vida de infinito...
Há estrelas e luar cintilando
em tua branca espuma...
Papel amarrotado saltando ao vento,
papagaios de papel empurrados para a margem
e seus cordéis em minhas mãos...
e mais... e mais...
e mais águas e espumas...
banho marítimo embrenhado
em luz verde e em noite...
e mais...e mais...
Meus cabelos são já algas,
corais coroam minha cabeça.
Meus seios são já rochas
onde a nívea espuma se mata,
neve que derrete de altas montanhas...
Minhas pernas e meus braços
são rochedos submersos
e um papagaio desfeito
cobre-me...
e mais... e mais...
E eu sou já mar... de amar
mar de amar... mar...
amar... mar
amar...
e mais... e mais...