The broken column, Frida Khalo, 1944

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Noite dos segredos


Lembras-te da noite dos segredos
E de tantas outras histórias de medos?
De como partilhámos uma almofada
Como se contássemos um conto de fada?

Duas cabeças unidas por um beijo,
Teu corpo colado ao meu, excepto um seio,
Minhas mãos apaziguando teu rosto
Como dona de amante gosto.

Beijando e tocando teu rosto pequeno,
Querendo tudo beber, mesmo não podendo,
Acalmando pesadelos coloridos de xadrez,
De terras que de, tão perto, do mar eram longe, daquela vez.

São lembranças que nunca serão esquecidas,
Castigos e violências não merecidas,
Que relembramos sempre que me beijas,
Mas que não te contêm o desejo, quando me anseias.

Quantas mulheres te chamaram nomes
Esquecendo as tuas grandezas enormes!
Eu chamo-te doces palavras, que ouvirias
Porque do meu amor, já to disse, digo, e tu, dirias?

(Braga, 09/11/11)

(Attempting the impossible, René Magritte, 1928, http://hourofidleness.worldpress.com)

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