Meu amor é revolto mar de estival Outono.
(Ai! Dói-me! Dói-me!) Dói-me e amordaça,
Dorme o meu sono e a minha sede sufoca.
Meu amor é quente água da foz nascida.
(Ai! Vem! Vem!) Vem a mim e enrola,
Embala e magoa a minha ferida!
Meu amor é turvo rio de sequioso caudal.
(Ai! Sim! Cai! Cai!) Cai em mim e arranca,
Estrangula e mata a voz de minha garganta!
Meu amor é tormenta das profundezas emergida.
(Ai! Vai-te! Vai-te!) Vai-te, mas enforca,
Tropeça e manieta a minha dança de vida!
Sem comentários:
Enviar um comentário