O acto de criar é solitário:
com canetas, papel e tintas...
É tanto e, no entanto, tão só!
É tanto e, no entanto, tão só!
O acto de amar é solitário:
contigo, beijos, abraços, carícias...
É tanto e, no entanto, tão só!
O acto de viver é solitário:
com todos, sons, cheiros, imagens...
É tanto e, no entanto, tão só!
Tão só porque só eu posso criar
e no momento em que o faço
e no momento em que o faço
sou eu a fazê-lo, ninguém em mim !
Tão só porque só eu te amo.
Só eu te beijo, abraço e acaricio.
Ninguém o pode fazer com minhas mãos
e meus lábios e meu ser em ti...
e meus lábios e meu ser em ti...
Tão só porque só eu passo e sinto e vejo
os outros que me rodeiam
no horizonte de meus solitários olhos negros.
Ninguém vê com estes tristes olhos!...
Existir é tanto!
E, no entanto, é tão grande a solidão!...
E, no entanto, é tão grande a solidão!...
(The archeologist, Giorgio di Chirico, 1927)
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