Vou deitar-me
Gemendo meus ais,
Pois perdi o calor tão grande
E ganhei minhas febres e meu dengue!
Julgava esperar outro dia,
Mas isso cansar-me-ia!
Vou amordaçar-me,
Pois viver – jamais! –
Com coração exangue!
Digam “É tola! É insana!”
Julgava crer noutra filosofia,
Mas isso violar-me-ia!
Vou matar-me,
Pois não vivo mais!
Perdi lar e alma e sangue.
O não acordar amanhã
Não seria grande hipocrisia!
Ah! Isso sim, alegrar-me-ia!
(Vila Verde, 7/3/2011)
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