Já posso morrer ou matar-me!
Já escrevi o poema e a carta.
Já disse adeus. Já me despedi.
Deixarei de viver por aí!
Já dei o abraço e o beijo
No corpo todo e na face.
Já chorei tudo em teu seio
Falta apenas o desenlace!
Já posso morrer ou matar-me!
Já ponderei a hora e a data.
Já a cama e a veste escolhi.
Minha alma não será mais aqui!
Já disse os “ais!” e todas as palavras.
Cantei-os todos a rir e a chorar.
Espero, agora, viver nas trevas
E aí nunca mais te amar!
(Vila Verde, 7/3/2011)
(The death of Marat, Jacques Louis David, 1793)
Bom reler-te! Apesar de achar o poema triste, gostei!
ResponderEliminarBjnhs
Bom rever-te! Tristezas escritas são uma verdadeira catárse, não concordas?
ResponderEliminarBeijo