Contam-me sonhos os escritores
Em sonetos que me encantam!
Contas-me tu que sonhas o eu, enlaçado
Em tristes laços e lassos nós!
Cantam tenores e baixos
Canções que me apaixonam!
Cantas tu sem tom nem timbre
E não escutas nem coloras minha voz!
E não escutas nem coloras minha voz!
Dançam duetos os bailarinos
Com gestos que me embalam!
Danças tu sem passo nem som
E eu danço este slowfox a sós!
E eu danço este slowfox a sós!
Usam palavras os poetas
Em estrofes que me enfeitiçam!
Perdes tu todas as palavras
E não dedicas amores ao Nós!
Apregoam esses amantes noutros libretos
As histórias de quando a sós me visitam!
Pintam mágicos em tantos quadros
(De que tu não conheces cheiros nem pós!)
As histórias de quando a sós me visitam!
Pintam mágicos em tantos quadros
(De que tu não conheces cheiros nem pós!)
O arco-íris que nunca ofusco
Com as cores que veste meu ser!
Não sabes tu as eternidades em que busco
Tantas outras belezas para viver!
(4/3/2011 - Braga)
(A queda, fotografia de Isabel Margarida Maia, Berlim, 2005)
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