Olhaste meus olhos como se visses o sol do dia, depois do mar
– Náufrago perdido e agora em mim encontrado!
Olhei teus olhos como se naufragasse na manhã, depois do sonho
– Náufraga partida e em ti reconstruída!
Namoraste minha ferida e a Frida em mim conquistaste, depois do ontem
– Pintor virgem, em questões de emoção iniciado!
– Pintor virgem, em questões de emoção iniciado!
Namorei tua voz em todos os tons da íris e cores do arco, ao pintar
– Pintora experiente, para ti com alma em exposição permanente!
– Pintora experiente, para ti com alma em exposição permanente!
Tocaste meu cabelo como se acariciasses o céu, depois do sono
– Corpo abandonado e agora em mim acolhido!
Toquei teu cabelo como se me lançasse à terra, mesmo que no Outono
– Corpo dolorido e agora em ti aconchegado!
Beijaste meus lábios como se bebesses o ar fresco, depois da madrugada
– Sôfrego sedento que em mim encontra alento!
Beijei teus lábios como se sorvesse o mar revolto, espreitando da amurada
– Sôfrega ardente que em ti se alimenta!
Abraçaste meus braços como se suspirasses o primeiro sopro, ao nascer
– Menino mendigo que em mim é enriquecido!
Abracei teus braços como se gritasse o último grito de vida, ao morrer
– Menina pobre que em ti é a mais rica!
(Vila Verde, 14/03/2011)
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