Tenho mais sangue a sangrar
E mais almas a perder.
Tenho mais lágrimas a chorar
E muitas outras águas a verter.
Filhos que não sei gerar
E filhos que não posso ter.
Mais alegrias para olhar
E nenhuma para viver.
Não! Não me mato hoje!
Hoje não é o dia de morrer!
Tenho vestidos para rasgar
E ares doentios para sorver.
Tenho mais angústias a suportar
E muitas outras dores a doer.
Mais sonos sem sonhar
E outras chuvas por chover.
Tenho seres por amar
E mais corações para arder.
Não! Não me mato hoje!
Hoje não é o dia de morrer!
(Vila Verde, 7/3/2011)
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