Olha para a manhã que vai entardecendo –
Quantas noites, em vão, esperam as madrugadas!
Olha para a vida que se vai morrendo –
Quantos homens (Ai!) não perderam suas amadas!
Olha para o mar que vai dançando –
Quantos náufragos aí adormecem sem amor!
Olha para o vento que se vai meneando –
Quantas demências aí viajam em redor!
Olha para a noite que se vai dormindo –
Quantos corpos aí se acostumam tão bem!
Olha para a vida que se vai esvaindo –
Quantas mortes aí se enganam, também!
Olha para a terra que vai renascendo –
Quantas ervas aí esganam a bela flor!
Olha para o dia que se vai vivendo –
Quantos mortos aí habitam sem cor!
Olha para a manhã que vai entardecendo –
Quantas noites, em vão, esperam as madrugadas!
Olha para a vida que se vai morrendo –
Ai! Quantos homens não amam mais suas amadas!
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