Tens um sorriso menino no olhar
E um olhar gigante na mente.
Começas já a sorrir uma vida com olhos de feliz gente!
Tens um olhar morno nesse sorriso
E uma gota de amor como alimento.
Começas já a bebericar a doce vida que há no firmamento!
Tens uma face dúbia, ainda enigmática,
E ares de segredos no semblante.
Começas já a revelar o perfil da vida que anseias de agora em diante!
Tens um pão em cada uma de tuas mãos
E sede de novos vinhos na garganta.
Começas já a beber a boa vida com alma que se agiganta!
Tens uns braços amplos, ainda dobrados,
E neles marcas queimadas das memórias.
Começas já a abraçar o braço da vida plena de histórias!
Tens umas pernas curtas, não redondas,
E com elas te aproximas devagar – ainda te dói!
Começas já a caminhar no mapa da vida uma viagem a dois!
Tens um andar, ainda trôpego, nesse corpo homem.
E nesse movimento sôfrego, que vai e que vem,
Começas já a percorrer a eterna vida que ainda é tão jovem!
(Vila Verde, 15/03/2011)
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